segunda-feira, 29 de junho de 2015

A HISTÓRIA ATRAVÉS DE IMAGENS

          Através desta postagem, vou apresentar as fotos de alguns personagens que marcaram a vida religiosa de Martinópole, desde a sua origem como capela. Junto a cada foto, farei um pequeno comentário sobre a importância do referido personagem para a história de nossa paróquia.
Pe. Luiz César

1. Mons. Vicente Martins da Costa

[Esta foto foi feita por mim, Pe. César, a partir de uma foto original que se encontra no Museu Dom José de Sobral. Uma cópia dela se encontra também num quadro exposto na Igreja Matriz de Martinópole]

     No dia 11 de novembro de 1916, então pároco da Granja, o Pe. Vicente Martins da Costa abeçoou a pedra fundamental da capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição, no povoado chamado Angica. Vale observar a feliz coincidência: 11 de novembro corresponde à festa de São Martinho de Tours, e a bênção foi feita por um padre chamado Martins. Essa confluência de nomes foi o que, certamente, inspirou esse povoado a trocar seu nome ANGICA pelo nome MARTINÓPOLIS, uma homenagem ao santo do céu celebrado naquele dia e ao homem santo da terra que deu estato de capela ao vilarejo Angica, preparando-o para ser, trinta anos depois e na mesma data, uma paróquia e, 41 anos depois, próspero município. Já elevado ao título de Monsenhor, Pe. Vicente Martins fez parte da comitiva que, juntamente com Dom José Tupinambá da Frota, deu posse ao primeiro pároco da Paróquia de Martinópole, no mesmo dia 11 de novembro, em 1946. A escolha do novo nome de Angica acabou gerando um problema: há uma cidade em São Paulo também denominada Martinópolis. Para dirimir essa confusão, esta comunidade cearense decidiu, mais na frente, fazer uma pequena alteração de letras. MARTINÓPOLIS–CE se tornou MARTINÓPOLE–CE, deixando em paz a MARTINÓPOLIS–SP.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Pastoral da Juventude

           RUMO À CRIAÇÃO DE UMA PASTORAL DA JUVENTUDE 
EM MARTINÓPOLE


          Desde março deste ano de 2015, estamos fazendo uma caminhada com o objetivo de criar em nossa paróquia uma experiência de Pastoral da Juventude. Iniciamos, no tempo da quaresma, com uma manhã de espiritualidade destinada aos jovens de um modo geral, para a qual solicitamos que fossem feitas inscrições, pois não sabíamos exatamente quantos jovens estariam interessados em participar. Para nossa surpresa, cerca de 200 jovens se inscreveram e 180 jovens realmente apareceram no dia do encontro. Um dado interessante: os jovens que apareceram estão numa faixa etária entre 14 e 18 anos, configurando uma geração nova de jovens, que já vem sendo influenciada, de qualquer modo, pelo trabalho da igreja nos últimos três anos, através da catequese de Primeira Comunhão, Projeto Construir e Crisma.

          A manhã de espiritualidade, realizada no dia 28 de março, um sábado, teve início com um momento de oração, no qual refleti os sobre o texto de Mateus 22,34-40, que fala do maior mandamento da Lei e culmina com a necessidade de amar o próximo como a si mesmo. Em seguida, pedimos que os jovens saíssem em duplas, para ler um texto sobre autoestima, um dos grandes problemas de nossa juventude. O resultado não foi surpresa: muitos jovens não estão satisfeito consigo mesmos, não demonstram confiança no próprio modo de ser e de agir e não tem amor-próprio. Isso acarreta uma série de consequência em suas vidas: timidez, medo do futuro, desencanto com a vida, depressão e até busca de compensação no álcool e outras drogas pesadas.
          No final desse primeiro encontro, sentimos a experiência tão positiva, que decidimos agendar logo para o mês seguinte um segundo momento, desta vez mais breve, a ser desenvolvido num espaço de hora e meia. O resultado foi muito animador. 130 dos jovens que participaram do primeiro encontro voltaram espontaneamente para o segundo, realizado no dia 25 de abril, e assim sucessivamente para os encontros realizados em maio (dia 16) e junho (dia 20). Nesse último encontro, decidimos para o mês de julho realizar um momento diferente. Ao invés de nos encontrarmos no Salão Paroquial, aproveitamos o clima das férias escolares e iremos realizar nosso encontro às margens do Açude Jardim. Tentaremos dar continuidade às nossas reflexões, combinando-as também com um momento de lazer.

                         Foto 1 - Encontro do dia 20 de junho de 2015


                         Foto 2 - Encontro do dia 20 de junho de 2015
 
          Nesse ínterim, cuidamos de formar uma equipe de apoio que possa estar empenhada mais de perto nesse trabalho com a juventude. Atualmente já contamos com os seguintes membros: Águida Ferro, Creuzilane Cabral, Netinho Frota e Vaniere, Pedro Ferro e Ana Kelly, Leonardo Lima, Madalena e Socorro Evangelista. Três desses ( Creuzilane, Netinho e Vaniere) foram mesmo participar do treinamento para lideranças de jovens, oferecido pela diocese nos dias 30 e 31 de maio, em Sobral.
          Qual o nosso objetivo com tudo isso? Bom, na verdade, podemos dizer que estamos tateando nessa empreitada. Depois da grandiosa e bem determinada experiência dos grupos de jovens, nos anos 70 e 80, não existe hoje, na Igreja Católica, um modelo fixo para se trabalhar com a juventude. Existem experiências variadas nesse campo, desde os grupos mais espirituais da Renovação Carismática até os grupos mais engajados em questões sociais e até políticas da PJMP ( Pastoral da Juventude do Meio Popular). Não dá  ainda pra comparar nosso trabalho com nenhuma dessas tendências.
     Acreditamos que as fases infância, adolescência e juventude são determinantes na vida de qualquer ser humano. As experiências que vivenciamos durante esses períodos vão marcar e influenciar todo o restante de nossa existência. Eis aqui, portanto, nosso objetivo inicial: queremos cativar o maior número de jovens que pudermos e oferecer a eles alguns momentos marcantes de oração, reflexão e convivência comunitária. Esse pequeno objetivo inicial, se for conquistado, já fará uma grande diferença na vida de nossa juventude que, nos tempos atuais, sobrevive numa família esfacelada e se alimenta apenas da televisão, da Internet, do celular e das baladas noturnas.
          Com certeza não será possível trabalhar sempre com um grande grupo, como temos feito até agora. Nossa equipe de apoio está crescendo e, sem dúvida, não será difícil, no momento oportuno, dividir o grupão em grupos menores e partir para um acompanhamento mais personalizado. O tempo e o desenrolar de nossa experiência nos mostrarão os próximos passos. De uma coisa não temos dúvida: não estamos mais na estaca zero! Há um grupo entusiasmado com mais de 100 jovens caminhando e há uma equipe de apoio disponível e cheia de boa vontade. Que Jesus seja louvado e mostre para nós o bom caminho!

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Grupo Terço dos Homens

A EXPERIÊNCIA DO TERÇO DOS HOMENS

              Muita gente pensa que rezar é coisa pra crianças, velhos e beatas. Nos últimos anos, tem surgido uma experiência interessante na nossa Igreja Católica, que está quebrando esse preconceito – trata-se do Terço dos Homens!
        Em quase todas as paróquias e comunidades católicas, uma vez por semana, um grupo cada vez mais crescente de homens vem se reunindo para rezar o Terço.


(Imagem colhida da Internet – Pe. César)

            Assim nos fala Dom Gil Antônio Moreira, Arcebispo de Juiz de Fora – MG:
(extraído do site: http://www.cnbb.org.br):
            
            "No Brasil, uma experiência relativamente nova tem chamado à atenção. São os grupos de Terço dos Homens que têm crescido intensamente nos últimos anos. As iniciativas são diversas, surgindo comunidades de homens aqui e acolá, que tomam a decisão de se reunirem para rezar o Terço, quase sempre uma vez por semana comunitariamente, mas às vezes diariamente em família ou ainda solitariamente.
A origem deste costume, de homens se reunirem para rezar o Terço, contudo, se perde na história. Há notícias de tais grupos ao menos desde 1912. Porém, no Brasil, a iniciativa mais recente foi do Movimento Maria Três Vezes Admirável de Shoenstatt, também conhecido como Mãe Rainha, presentes, sobretudo no Norte e no Nordeste. Tive oportunidade de visitar reuniões de tal vertente em Recife e, em novembro de 2013, estive em São Luiz do Maranhão, onde constatei a imensa evolução desta prática espalhada em toda aquelas regiões. Faço aqui justa homenagem ao Padre Miguel Lencastre, falecido a 13 de janeiro passado, que foi um grande incentivador do Terço dos Homens e que teve a iniciativa de criar a sigla THMR (Terço dos Homens Mãe Rainha), identificando assim as particularidades do Movimento de Shoenstatt".

            Nossa Paróquia de Martinópole não está fora deste movimento. Todas as terças-feiras, às 19 horas na Igreja Matriz, um grupo que varia entre 40 a 60 homens se reúne para rezar o Terço. Não estando preso a outro compromisso, faço questão de me fazer presente e me unir aos ‘companheiros do terço’, como costumo chamá-los, para esse momento precioso de oração.
            Na verdade, não se trata apenas de oração! Os homens que participam do Terço ouvem a palavra de Deus, discutem sobre problemas de seu cotidiano, desabafam suas dores (coisa difícil entre homens!) e acabam se tornando bons amigos e desenvolvendo, entre eles, fortes laços de solidariedade e inter-ajuda. Muitos homens já me disseram que mudaram completamente sua vida depois de terem entrado no grupo.
            Convido você, visitante amigo, a nos fazer uma visita e participar de um dos nossos momentos de oração. Ter você entre nós será uma grande alegria!
Pe. César.

sábado, 13 de junho de 2015

Pastoral da Criança


Mensagens


Comunicados

Notícias



REUNIÃO DA REGIÃO VALE DO COREAÚ

          (Foto dos participantes da reunião no Salão Paroquial de Uruoca - tirada por Cristina Albuquerque)
          
            No sábado dia 20 de junho, aconteceu no Salão Paroquial de Uruoca o encontro ordinário da Região Episcopal Vale do Coreaú. Aí estiveram presentes representantes das seguintes paróquias: Coreaú, Massapê, Freicheirinha, Meruoca, Senador Sá, Mucambo, Pacujá, Alcântaras, Moraujo, Uruoca e Martinópole. Manoel Lima, Francisco Ferreira de Oliveira e Cristina Albuquerque foram nossos representantes.
             O tema central do encontro estava previsto para ser ‘Pastoral da Sobriedade’, mas infelizmente o acessor designado para cuidar desse assunto não pôde comparecer, e a reunião acabou tratando de outros tópicos do interesse da Região.
             Vale ressaltar que a ‘Pastoral da Sobriedade’ é uma pastoral nova da Igreja Católica, que tem como objetivo a prevenção e recuperação de qualquer dependência, sobretudo aquelas mais comuns em nossa atual realidade, como a dependência do alcool, do cigarro e das drogas. Essa Pastoral já funciona com êxito em muitas paróquias. Em Martinópole, estamos ainda em fase de estudo e de preparação de uma equipe que possa encabeçar esse trabalho que, inegavelmente, é uma tarefa difícil e, ao mesmo tempo, muito necessária.
             A próxima reunião da Região será no sábado, primeiro de agosto, em Senador Sá, e terá como assunto principal a Pastoral da Visitação.

Capelas

 Capela Alto São Francisco


Capela Alto São Francisco II


Galeria de Fotos


Histórico

               Quando foi criada a Paróquia de Martinópole? Que Bispo a criou? Quem foi seu primeiro pároco? Como foi a chegada da comitiva diocesana que veio inaugurar a paróquia e dar posse ao primeiro pároco? O que já existia aqui antes da criação da paróquia? Qual a importância de Mons. Vicente Martins da Costa (aquele que inspirou o nome deste município) para esta paróquia? Para essas e outra perguntas, você visitante amigo(a) deste Blog encontrará respostas nos três textos que seguem, copiados fielmente do Livro do Tombo da Paróquia de Martinópole. Eu, pessoalmente, considero relíquias os dados e as informações que você vai ler agora:
Pe. César
    
  Portaria da creação da Parochia de Martinopole (trecho)

     Dom José Tupynambá da Frota, por mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, Bispo de Sobral, Prelado Domestico de Sua Santidade e Assistente ao Sólio Pontifício

     Aos que esta Nossa Portaria virem, saudação, paz e benção em Nosso Senhor Jesus Christo.

   Fazemos saber que, attendendo ao progressivo augmento da população da parochia de Granja, a qual não pode ser assistida espiritualmente como convem, dadas as vastas extensões da dita parochia, Nós, desejando prover do melhor modo às necessidades das almas, confiadas à Nossa solicitude pastoral, Havemos por bem crear a nova Parochia de Nossa Senhora da Conceição de Martinópolis. E assim, de accordo com o parecer unanime dos Reverendos Consultores Diocesanos, e tendo ouvido o parocho de Granja, que Nos declarou nada ter que oppôr à creação da dita Parochia, Nós, em virtude da Nossa Autoridade Ordinária, Desmembramos da Parochia de São José da Granja parte de seu território e nelle Erigimos canonicamente a Parochia de Nossa Senhora da Conceição, com séde na villa de Martinopolis, a qual Decretamos que será amovível, e Elevamos à dignidade de Matriz a Capella ora existente na mencionada villa de Martinopolis, que gozará de todas as prerogativas e privilégios das outras Igrejas Matrizes deste Bispado...
    Seja esta portaria lida à Estação da Missa Parochial nas Matrizes de Granja, Coreahú, Massapê e Martinopolis, transcripta nos respectivos Livros de Tombo, e archivada na forma do costume.
Dada e passada nesta Cidade e Camara Ecclesiastica, sob o Nosso signal e sello das nossas armas, aos quinze dias do mês de outubro de mil novecentos e quarenta e seis.
+ José, Bispo Diocesano


Ata de nomeção do primeiro pároco (trecho)

     “Dom José Tupynambá da Frota, por mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, Bispo de Sobral, Prelado Domestico de Sua Santidade e Assistente ao Sólio Pontifício

     Aos que esta Nossa Portaria virem, saudação, paz e benção em Jesus Christo Nosso Senhor.

     Fazemos saber que, attendendo às bôas qualidades do Reverendo Padre João Baptista Pereira, Havemos por bem nomeal-o como pela presente Nossa Provisão o Nomeamos Parocho da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Martinopolis, deste Bispado, a qual ocupação servirá, por um anno, como convem ao serviço de Deus e bem das almas dos seus parochianos, observando religiosamente os deveres de seu cargo (cans. 464-470), guardando em tudo as obrigações de bom Pastor; e lhe encarregamos muito a bôa direcção das almas dos parochianos da dita Freguesia, do que dará contas a Deus Nosso Senhor; e na dita occupação haverá os próes e precalços, que de direito lhe pertencem...Aos 21 de outubro de 1946

+ José, Bispo Diocesano




Ata da chegada da comitiva diocesana que veio criar a paróquia de Martinópole e empossar seu primeiro pároco (trecho)

          No dia dez de Novembro de mil novecentos e quarenta e seis a população catholica de Martinopolis vibrou de enthusiasmo, de alegria e de um insdescptível contentamento, por ver um de seus sonhos de progressio já concretisado e festivamente realisado.
          Em trem especial chegou a esta localidade, às 4 horas da tarde, o Exmo. E Revmo. Sr. Bispo Diocesano, D. José Tupinambá da Frota, com uma lúsida comitiva de sacerdotes e trasendo o primeiro Vigário desta nova Parochia da Diocese de Sobral. Sua Excia. Revdma. veiu até aqui, honrando este povo e esta humilde terra, inaugurar a recem-creada Parochia de Martinopolis e empossar o seu primeiro Vigário. Na Estação da Via-ferrea a massa humana era imensa, incontavel... Brincava nos semblantes de todos a expressão real da satisfação, da alegria e da vitória de um ideal. As Associações pias aqui existentes, Obra das Vocações Sacerdotais, Apostolado da Oração, Cruzada Eucaristica Infantil e Vicentinos, ali estavam com seus distintivos e bandeiras, aclamando delirantemente o Exmo. e Revmo. Sr. Bispo, o Santo Padre e a Igreja Catholica. Ouvia-se o bombardeio de foguetes e foguetões, sem número nos quatro cantos da localidade, hymnos cantados por todos e ao som da Banda de Musica da Granja.
          Ao chegar-se a casa onde ia se hospedar o Exmo. e Revmo. Sr. Bispo Diocesano com sua comitiva, Sua excia. Revma. foi saudado pela Srta. Isa Felix Dias que em nome do povo de Martinopolis apresentou-lhe e aos sacerdotes da comitiva os votos de boas-vindas, expressando de um modo especial a gratidão inmorredoira ao Exmo. e Revmo. Sr. Bispo pela elevação desta Vila a séde de Parochia.
          Vultos dos Clero sobralense que aqui estiveram na inauguração desta Parochia de Martinopolis e na posse do seu primeiro Vigário:
O Exmo. e Revmo. Sr. Bispo Diocesano, D. José Tupynambá da Frota, Exmo. e Revmo. Sr. Mons. Olavo Passos, DD. Vigário Geral da Diocese, que muito trabalhou pela creação desta Parochia, Mons. Vicente Martins da Costa, fundador emerito desta localidade, Pe. José Osmar Carneiro, DD. Reitor do Seminário Diocesano, Pe. José Palhano de Saboia, Secretário do Bispado, Pe. Sabino Loiola, Diretor do “Correio da Semana”, Órgão da Diocese, e Diretor da Obra das Vocações na Diocese, Pe. Manuel Vitorino de Oliveira, DD. Vigário de Granja, Pe. José Aristides Cardoso, Vigário de Massapê.
          No dia 11, festa lithurgica de São Martinho, Patrono desta localidade e que assignala na história desta terra a benção da pedra fundamental para a primeira Capella construída em 1916 pelo dedicado Vigario de Granja Pe. Vicente Martins da Costa, hoje Mons. Vicente Martins da Costa e aqui presente.
          Após a celebração das santas Missas do Exmo. e Revmo. Sr. Bispo e demais Sacerdotes, às 9 horas teve lugar a posse do primeiro Vigário desta nova Parochia de N. S. da Conceição de Martinopolis, seguindo-se a missa parochial...”